"A vaidade é certamente um defeito, mas há que ser indulgente com os vaidosos, pois é a sua necessidade de se fazerem notar que os impele a ser ativos e mesmo a fazer coisas magníficas. É verdade que são magníficas sobretudo para os outros, que delas beneficiam. Muitas vezes, para eles próprios é menos proveitoso. Muitos ficam esgotados, arruinados! O vaidoso gasta-se, batalha, mostra-se generoso e, mesmo que não seja impelido pelo desapego, mesmo que só queira agradar aos outros, mostrar-se, conquistar aprovação e admiração, não há grandes razões para o censurar por isso. Os artistas, em particular os atores e os músicos, são todos vaidosos de uma certa forma… e ainda bem: que felicidade, que alegria, eles proporcionam aos outros quando dão um concerto ou fazem um espetáculo! Durante aquele tempo, eles talvez até estejam doentes, sem ânimo, angustiados, mas atuam, e o público não se apercebe do seu infortúnio. Eles são verdadeiramente heroicos.
Evidentemente, eu não vou incitar-vos a ser vaidosos, mas há que reconhecer que a humanidade deve muito aos vaidosos. E não só aos artistas, mas a todos aqueles que realizaram grandes coisas para que o seu nome ficasse na História. "
"La vanidad es ciertamente un defecto, pero hay que ser indulgente con los vanidosos, ¿acaso no es la necesidad de hacerse notar lo que les empuja a estar activos, e incluso, a hacer cosas magníficas? Es cierto que es magnífico, sobre todo, para los que se benefician de ello. Para ellos mismos es, a menudo, mucho menos provechoso. ¡Cuántos se han agotado, arruinado! El vanidoso se cansa, se mueve, se muestra generoso, y aunque no se sienta impulsado por el desinterés, aunque sólo quiera complacer a los demás, exhibirse, o ganarse la aprobación y la admiración, realmente no se le puede reprochar. Los artistas, los actores y los músicos en particular, en cierto modo, son todos vanidosos… y mejor: ¡qué felicidad, qué alegría aportan a los demás cuando dan un concierto, un espectáculo! Ellos mismos, durante este momento están quizás enfermos, desmoralizados, angustiados, pero tocan, y el público no se da cuenta de su angustia. Son verdaderamente heroicos.
Evidentemente, no os empujaré a cultivar la vanidad, pero hay que reconocer que la humanidad le debe mucho a los vanidosos. Y no sólo a los artistas, sino también a todos aquellos que han llevado a cabo grandes realizaciones para que su nombre permanezca en la historia."
"Vanity is certainly a failing, but you should be tolerant of those who are vain, for is it not their need to be noticed that drives them to do things, even splendid things? True, they are splendid mainly for others, who benefit from them. It is often much less profitable for them. How many have worn themselves out and ruined themselves! The vain give of themselves, exert themselves, are generous, and even if their motives are not disinterested, even if they simply want to be liked by others, to be seen and gain approval and admiration, we cannot really hold it against them. Artists, actors and musicians in particular all have a vain side… and so much the better. They give others such happiness, such joy, when they give a concert or put on a show! They themselves might be ill at the time, or feel discouraged or anxious, but they perform, and the public does not realize their distress. They are truly heroic.
Obviously, I am not going to encourage you to cultivate vanity, but it has to be said that humanity owes a great deal to the vain. And not just to artists, but also to all those who have undertaken great works so that their name would not be forgotten by history."
Omraam Mikaël Aïvanhov
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