Mostrar mensagens com a etiqueta Histórias de Nasrudin. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Histórias de Nasrudin. Mostrar todas as mensagens

sábado, 22 de agosto de 2009

Who Are You Going To Believe?



A neighbour called on Mullah Nasrudin. "Mullah, I want to borrow your donkey."
.
"I am sorry," said the Mullah, "but I have already lent it out."
.
As soon as he had spoken, the donkey brayed. The sound came from Nasrudin's stable.
.
"But Mullah, I can hear the donkey, in here!"
.
As he shut the door in the man's face, Nasrudin said, with dignity: "A man who believes the word of a donkey in preference to my word does not deserve to be lent anything."

terça-feira, 12 de maio de 2009

Em Visita à India



O célebre personagem sufi Mullah Nasrudin visitou a Índia. Chegou a Calcutá e começou a passear por uma das suas movimentadas ruas. De repente viu um homem que estava vendendo o que Nasrudin acreditou seram doces, quando na realidade eram chiles apimentados. Nasrudin era muito guloso e comprou uma grande quantidade dos supostos doces, dispondo-se a dar-se um grande banquete. Estava muito contente, sentou-se num parque e começou a comer chiles às dentadas. Logo que deu uma dentada no primeiro chile sentiu fogo no paladar. Eram tão apimentados aqueles "doces" que ficou com a ponta do nariz vermelha e começou a soltar lágrimas até os pés. Não obstante, Nasrudin continuava levando os chiles à boca sem parar. Espirrava, chorava, fazia caretas de mal estar, mas seguia devorando os chiles. Assombrado, um passante aproximou-se e disse-lhe: - Amigo, não sabe que os chiles só se comem em pequenas quantidades? Quase sem poder falar, Nasrudin comentou: - Bom homem, creia-me, eu pensava que estava comprando doces. Mas Nasrudin seguia comendo chiles. O passante disse: - Bom, está bem, mas agora já sabes que não são doces. Por que continuas comendo? Entre tosse e soluços, Nasrudin disse: - Já que investi neles o meu dinheiro, não vou jogá-los fora.

sábado, 9 de maio de 2009

O par perfeito



Nasrudin estava conversando com um conhecido , que lhe indagou: - Mullah, responda-me, você nunca pensou em se casar? - Sim, claro que já. Quando eu era jovem, determinei-me a achar o meu par perfeito. Cruzei o deserto, cheguei a Damasco, e conheci uma mulher belíssima e espiritualmente muito evoluída; mas as coisas triviais, do dia a dia, a atrapalhavam. Mudei de rumo e lá estava eu, em Isfahan; ali pude conhecer uma mulher com dom para as coisas materiais, da vida caseira, e além disso se mostrou muito espiritualizada. Porém, carecia de beleza física. Pensei: o que fazer? E resolvi ir ao Cairo. Lá cheguei e logo fui apresentado a uma linda jovem, que também era religiosa, boa cozinheira e conhecedora dos afazeres do lar. Ali estava a minha mulher ideal. - Entretanto você não se casou com ela. Porquê? - Ah, meu prezado amigo, ela também estava buscando o homem ideal.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O barco e o homem letrado



Numa dada ocasião, Nasrudin estava num barco com um homem letrado, quando o Mullá disse algo que contrariava as regras gramaticais: - Você nunca estudou gramática? - perguntou o estudioso. - Não, nunca - respondeu Nasrudin.
- Nesse caso, metade da sua vida se perdeu - retrucou o outro. Nasrudin ficou em silêncio durante algum tempo, quando finalmente falou: - Você nunca aprendeu a nadar? - disse o Mullá ao homem letrado. - Não, nunca - este respondeu. - Então, nesse caso, toda a sua vida se perdeu. Estamos afundando.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A felicidade não está onde se procura


Nasrudin encontrou um homem desconsolado sentado à beira do caminho e perguntou-lhe os motivos de tanta aflição.

"Não há nada na vida que interesse, irmão", disse o homem. "Tenho dinheiro suficiente para não precisar trabalhar e estou nesta viagem só para procurar algo mais interessante do que a vida que levo em casa. Até agora, eu nada encontrei."

Sem mais palavra, Nasrudin arrancou-lhe a mochila e fugiu com ela estrada abaixo, correndo feito uma lebre. Como conhecia a região, foi capaz de tomar uma boa distância.

A estrada fazia uma curva e Nasrudin foi cortando o caminho por vários atalhos, até que retornou à mesma estrada, muito à frente do homem que havia roubado. Colocou a mochila bem do lado da estrada e escondeu-se à espera do outro.

Logo apareceu o miserável viajante, caminhando pela estrada tortuosa, mais infeliz do que nunca pela perda da mochila. Assim que viu sua propriedade bem ali, à mão, correu para pegá-la, dando gritos de alegria.

"Essa é uma maneira de se produzir felicidade", disse Nasrudin.


quarta-feira, 4 de março de 2009

O sermão de Nasrudin


Certo dia, os moradores do vilarejo quiseram pregar uma peça em Nasrudin. Já que era considerado uma espécie meio indefinível de homem santo, pediram-lhe para fazer um sermão na mesquita.

Ele concordou.

Chegado o tal dia, Nasrudin subiu ao púlpito e falou: "Ó fiéis! Sabem o que vou lhes dizer?"
"Não, não sabemos", responderam em uníssono.
"Enquanto não saibam, não poderei falar nada. Gente muito ignorante, isso é o que vocês são. Assim não dá para começarmos o que quer que seja", disse o Mullá, profundamente indignado por aquele povo ignorante fazê-lo perder seu tempo.
Desceu do púlpito e foi para casa.
Um tanto vexados, seguiram em comissão para, mais uma vez, pedir a Nasrudin fazer um sermão na Sexta-feira seguinte, dia de oração.

Nasrudin começou a pregação com a mesma pergunta de antes.
Desta vez, a congregação respondeu numa única voz: "Sim, sabemos".
"Neste caso", disse o Mullá, "não há porque prendê-los aqui por mais tempo. Podem ir embora." E voltou para casa.

Por fim, conseguiram persuadi-lo a realizar o sermão da Sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta de antes.
"Sabem ou não sabem?"
A congregação estava preparada.
"Alguns sabem, outros não."
"Excelente", disse Nasrudin, "então, aqueles que sabem transmitam seus conhecimento para àqueles que não sabem."
E foi para casa.