quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Andar - a sua aprendizagem: momento capital na educação de uma criança - Andar - su aprendizaje: momento capital en la educación de un niño - Walk, Learning to - a crucial process in a child’s upbringing


"A criança parece tão frágil, tão frágil… como não se há de querer protegê-la de tudo o que pode ameaçá-la ou fazer-lhe mal? Mas também é preciso prepará-la para as dificuldades que necessariamente a esperam e, para isso, há que deixá-la fazer certas experiências que a instruirão.
Uma criança começa a aprender a andar. Evidentemente, ela corre o risco de cair. Mas se, para evitar uma queda, lhe derem sempre a mão ou, quando ela cai, alguém for imediatamente levantá-la e, se ela chorar, a consolarem pegando-lhe ao colo ou dando-lhe qualquer coisa doce, essa criança demorará muito tempo a compreender que tem de ter atenção e, ao menor incidente, ficará à espera de que venham em seu auxílio e lamentem o sucedido. Um dia, uma criança que caíra mostrava à mãe a esfoladela que tinha no joelho. «E não choraste?» – perguntou a mãe. «Não – respondeu a criança; não estava ninguém a ver.» As crianças são frágeis, é certo, mas também muito perspicazes: elas sentem instintivamente onde está a fraqueza dos adultos e aproveitam-se dela. Evidentemente, é preciso zelar para que nada de grave aconteça a uma criança. Mas o período em que ela aprende a andar deve ser aproveitado pelos pais como uma ocasião para a preparem para enfrentar sozinha e com coragem as dificuldades da vida. E é também uma aprendizagem para os pais. "

"El niño parece tan débil, tan frágil, ¿cómo no querer protegerlo de todo lo que pueda amenazarle o hacerle daño? Pero hay que prepararle también para hacer frente a las dificultades que le esperan necesariamente, y para eso hay que dejarle hacer ciertas experiencias que lo instruirán.
Un niño empieza a aprender a andar. Evidentemente, corre peligro de caerse. Pero si, para evitar una caída, le damos siempre la mano, o si una vez que se ha caído, nos precipitamos para levantarle y, si llora, le consolamos cogiéndole en brazos, dándole bombones, este niño tardará mucho tiempo en comprender que debe tener cuidado y, al menor incidente, esperará que vengan a socorrerle y a compadecerse de él. Un día, un niño que se había caído, mostró a su madre el rasguño que tenía en la rodilla. «¿Y no has llorado?», dijo la madre. «No, respondió el niño, nadie me ha visto». Los niños son débiles, ciertamente, pero también son muy perspicaces: sienten, por instinto, la debilidad de los adultos y se aprovechan de ella. Hay que vigilar, evidentemente, para que no le suceda nada grave a un niño. Pero en el momento en que el niño aprende a andar, debe ser para los padres la ocasión para prepararle a afrontar solo y con valor las dificultades de la vida. Y para los padres también, es un aprendizaje."

"A child seems so weak, so fragile, so of course we want to protect it from anything that can threaten it or harm it. But we should also prepare it for the difficulties that necessarily await it and therefore allow it to have experiences it can learn from.
When a child begins to learn to walk, it is of course in danger of falling over. But if you prevent this from happening by always holding its hand, or if you rush to pick it up when it does fall over and comfort it by taking it in your arms or giving it sweets when it cries, it will be a long time before the child understands it has to be careful, and it will expect you to come to its aid and feel sorry for it at the slightest incident. A child fell over one day and showed its mother the graze on its knee. ‘And you didn’t cry’, said the mother. ‘No’, replied the child, ‘there was no one to see me.’ Children are indeed weak, but they are also very perceptive; they instinctively sense adults’ weaknesses and take advantage of them. Obviously, you have to watch that nothing serious happens to the child. But the parents should use the time when it is learning to walk to prepare it to face life’s difficulties on its own and with courage. And this is an initiation for the parents too."

Omraam Mikaël Aïvanhov




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